domingo, 24 de outubro de 2010

A Psicologia

A Psicologia como ciência é muito recente se compararmos com outras ciências que já contam com mais séculos de estudo e saber. A Psicologia evoluiu historicamente, assim como qualquer outro campo de conhecimento científico, mas com características próprias.
Em última análise todo psicólogo tem o mesmo objeto de estudo: o ser humano, mas um olhar mais detalhado nos permite a percepção de que existem concepções teóricas tão diversas que em alguns momentos parece que a Psicologia estuda diferentes objetos. Abordagem dinâmica, cognitivo-comportamental, sistêmica, social, entre outras. Assim se for questionado um psicólogo comportamentalista ele definirá que o objeto de estudo da Psicologia é o comportamento humano, o psicanalista dirá que o interesse da investigação deve ser o inconsciente, o sistêmico dirá que o ser humano somente existe se concebido em suas relações.
Muitos autores se questionam a respeito da razão pela qual a psicologia se reparte em tantas tendências ou escolas, muitas bastante fechadas.
Podemos encontrar a primeira explicação no início deste artigo, a  Psicologia é uma ciência considerada jovem e imprecisa, assim como todas as ciências humanas. Japiassu, (1983) escreveu em seu livro “a psicologia dos psicólogos” que nenhum cientista pode se considerar um cientista “puro”, pois está comprometido com uma posição filosófica ou ideológica; isto é particularmente verdadeiro em psicologia. Este é um ponto muito interessante no estudo desta ciência,  e que o difere de alguns campos do conhecimento,  o cientista, o pesquisador confunde-se com o objeto pesquisado.
Em conseqüência disto, a concepção de homem que o pesquisador traz consigo inevitavelmente permeia sua pesquisa. E como trata de seres humanos, tal objeto de estudo não pode ser tratado com certezas absolutas. 
Alguns autores, como Bock (1995), dizem que a Psicologia trabalha com o limite do que é possível e do que ainda não é possível saber sobre o psiquismo humano. Não será justamente este ponto que a torna uma área de estudo tão fascinante?

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Mês das crianças

Rubem Alves - pedagogo, filósofo, teólogo, psicanalista, cronista e professor -sempre instiga os leitores com seu modo original de escrever. Neste mês da criança vou colocar aqui algumas amostras escolhidas de seus escritos:

" São as crianças que, sem falar, nos ensinam razões para viver. Elas não têm saberes a transmitir. No entanto, elas sabem o essencial da vida. O essencial da vida não é o trabalho, mas o brinquedo."

"São sempre as crianças que fazem as melhores perguntas."

" Se eu tivesse intimidades com o Criador eu lhe diria que há uma coisa a se fazer para aliviar o sofrimento das crianças: é só trocar os olhos dos pais. Pôr no lugar dos seus olhos, os olhos dos avós. Os olhos dos pais são olhos administrativos: tentam administrar a infância, achando que assim o futuro vai ficar garantido. Os olhos do avós são olhos sábios, no sentido preciso da etimologia da palavra: sapio, em latim, quer dizer 'eu degusto'. As crianças são objetos de degustação."

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Nova lei do divórcio

 A vida privada  e familiar vem sofrendo modificações profundas ao longo das décadas, o casamento como instituição é um exemplo disto. Neste ano tivemos mais um marco nesta evolução, com a lei do divórcio. Ainda é cedo para afirmar o impacto dela na vida em sociedade e nas relações, mas temos aqui uma matéria que apresenta alguns dados concretos e atuais.
 Algumas críticas a esta lei já foram ouvidas, há os que se apressam em dizer que a nova lei desencoraja o casamento. Interessante que há uma afirmação nesta matéria que a "facilitação" que esta lei trouxe para um casal concretizar sua separação pode ter estimulado algumas pessoas a tomar a decisão de casar , apoiados na certeza de que agora será mais fácil se decidirem futuramente desfazer o casamento.
É evidente que serão necessários estudos para que se possa confirmar qualquer fenômeno comportamental, mas a evolução que podemos já vislumbrar é que um casal não deve mais ser obrigado a permancer junto senão pelo seu sentimento um pelo outro.
Fica o convite para a reflexão.

http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default.jsp?uf=rs&local=1&newsID=a3079737.xml&channel=null&tipo=1&section=Geral

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